jeudi 26 mars 2009

O Brasil fechou as portas a crianças judias....

O Brasil fechou as portas a crianças judias ameaçadas de ir para campos de concentração.
A lâmina fria da História expõe a intolerância do governo brasileiro num ofício do embaixador do Brasil na Inglaterra, Moniz de Aragão, datado de janeiro de 1944. Ele transmitia ao ministro das Relações Exteriores, Oswaldo Aranha, um pedido de ajuda feito pelo Comitê Inter-Governamental de Refugiados. O que se queria era asilo para 500 das cerca de 10.000 crianças judias, na maioria húngaras, que estavam na França naquele momento, fugindo da crescente ocupação nazista na Hungria. Eram órfãos de guerra que seriam deportados para a Alemanha caso não lhes fosse dado destino seguro. Aragão, mesmo não tendo simpatia por judeus, apelava para o sentimento humanitário do governo. Desde 1938, vários países estavam se mobilizando para a ajuda aos refugiados, expulsos de seus países pela dominação nazista. A imigração de judeus era regulada no Brasil por diversas circulares secretas, documentos que tinham força de lei, mas cujo acesso era limitado à alta burocracia do governo de Vargas. Com a vigência desses textos, a entrada de judeus no país era um processo lento, que se arrastava às vezes por anos. E a situação exigia pressa. No ofício, Aragão informava que, apesar dos esforços dos Estados Unidos e da Inglaterra, as crianças continuavam sendo “vítimas de toda sorte de privações e atrocidades e que já estariam sendo transportadas como animais para campos de trabalhos forçados na Alemanha e na Polônia, onde a maioria morre por falta de alimentação e excesso de trabalho”.

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